quarta-feira, 21 de março de 2012

CHAMADA PARA A PLENÁRIA DA TENDÊNCIA ESTUDANTIL RESISTÊNCIA POPULAR

Construir um Movimento Estudantil de base, classista e combativo!

Colegas estudantes, secundaristas e universitários, queremos fazer a todos(as) vocês um convite para participarem de nossa 1ª Plenária Estudantil. Será a primeira de muitas Plenárias que estaremos construindo para conversarmos, debatermos, nos formarmos e nos organizarmos enquanto estudantes que acreditam em uma outra forma de fazer política. Não uma política partidária, de militantes profissionais, que colocam seus interesses políticos acima dos interesses estudantis. Acreditamos sim que devemos nos organizar, primeiro em nosso local de estudo, seja através de um DA, CA, Núcleo de base, depois em um coletivo estudantil, de afinidade ou de tendência como é o nosso caso; mas essa organização precisa estar a serviço dos estudantes; ela precisa ser um instrumento de luta e organização de todos os estudantes para fazer frente a retirada de direitos, à conquista de muitos outros e para lutar por uma educação gratuita e de fato pública, que não só esteja a serviço do povo mas organizada e gestionada por ele.

É essa política que acreditamos: nos organizar para através da mobilização de rua, da ação direta e do protagonismo de nós mesmos conseguir alcançar os nossos objetivos. É por isso que nos organizamos enquanto uma tendência estudantil. Não para substituirmos os espaços de representação e de organização que já são (ou deveriam ser) dos estudantes, mas para fomentarmos seu caráter de independência em relação a partidos, governos, ongs, etc.; para construir em conjunto com outros grupos e indivíduos entidades de fato coletivas, participativas e que sejam instrumentos para a luta estudantil; para juntos forjarmos força social, a única que pode permitir a mudança a partir de nós mesmos, através de nossos meios.

Convidamos a todos(as) os(as) estudantes para essa plenária para que frente a frente possamos apresentar a Tendência Estudantil Resistência Popular, falar de nossos objetivos, de nossa proposta de organização e conhecer a companheirada estudante que pode contribuir muito com esse projeto de luta, coletivo e combativo. A todos(as) que queiram conhecer nossa proposta e colaborar ou se somar em sua construção, o convite está feito!

Tendência Estudantil Resistência Popular

terça-feira, 13 de março de 2012

1ª Plenária Estudantil da Resistência Popular!

Convidamos a todos(as) os(as) estudantes, universitários e secundaristas, para participar da 1ª Plenária da Tendência Estudantil Resistência Popular! No dia apresentaremos a Tendência, nossa proposta e objetivos e conversaremos sobre a situação do Movimento Estudantil hoje. Se quiser maiores informações escreva para resistenciapopularestudantil@gmail.com.

Feito o convite, te esperamos!
Estude e Lute...para construir Poder Popular!!!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Cartas abertas do Bloco de Luta pelo Transporte Público

CARTA ABERTA A IMPRENSA

PORTO ALEGRE, 29 DE FEVEREIRO DE 2012

Nós trabalhadoras e trabalhadores, desempregados e desempregadas, estudantes, moradoras, moradores e artistas de ruas que compomos o Bloco de Luta Por um Transporte Público, viemos por meio desta carta aberta, expressar nossa indignação, revolta e repúdio sobre as veiculações publicadas pela imprensa corporativa que além de trazer matérias tendenciosas, informações falsas e deturpações de fatos nos tornando criminosos, realiza um estrondoso desserviço a sociedade cometendo o crime de injuria e impossibilitando que a população tenha conhecimento aos fatos que defendam os interesses de natureza coletiva e popular.

As reportagens que saíram nos jornais Correio do Povo e Zero Hora e foram exibidas nos telejornais Bom Dia Rio Grande, Jornal do Almoço e Jornal Hoje da RBS/Rede Globo; Jornal da Record, Fala Brasil e Balanço Geral RS da Rede Record em nenhum momento corresponde as posições reais dos coletivos e indivíduos que constrói e participam do bloco, nem reflete os anseios, as propostas e as nossas reivindicações. Insistem em caracterizar nosso movimento como estudantil e isto agride e menospreza nossos esforços, por reduzir nossa pluralidade a uma categoria que pertence a alguns e não a todos.

Somos um bloco apartidário, autônomo sem representantes, sem líderes, que estimula a democracia direta organizando-nos de forma plural com vários coletivos e indivíduos, discutindo estratégias e decidindo acordos por consenso. Nunca em nenhum momento, em nossas assembleias, atos de rua e eventos públicos foram elegidas ou delegadas pessoas que pudessem falar sobre nosso movimento. A tentativa do Rodolfo Morh, integrante do coletivo Juntos! vinculado ao PSOL, em entrevista a Rádio Guaíba se dizendo nosso representante, sem deixar claro a postura apartidária do mesmo e sua imposição de estabelecer uma comissão para conversar com o poder o público, caracteriza o oportunismo politiqueiro desta agremiação partidária, justo em ano eleitoral, bem como uma lógica de organização que não contempla os indivíduos e coletivos autônomos que estão constituindo, antes mesmo do aumento entrar em vigor, o processo de luta dos transportes este ano.

Durante todo este processo foram realizados seis atos nas ruas, alertando e mobilizando a população para o descaso e mercantilização do transporte público, todos sendo extremamente ignorados pelo Poder Municipal que não emite nenhuma declaração a respeito das manifestações. Esta postura de descaso provoca indignação de muitos, que com toda a razão, tentam chamar atenção com ações mais radicais objetivando acabar com uma realidade que proporciona um lucro exorbitante aos empresários enquanto restringe o direito de ir e vir de pessoas que não vivem nas regiões centrais da cidade, consequentemente mais humildes e mais esquecidas.

Cabe deixar claro também que em nenhum momento foi feito contato com Brigada Militar para garantir nossa manifestação, acreditamos que temos o direito legítimo de ir contra as estruturas e resoluções públicas impopulares, questioná-las e lutar para que não sejam impostas. Desde nosso quarto ato a tropa da Brigada Militar está trancando o trânsito da cidade mais do que nossas manifestações, que reúnem cerca de 300 pessoas, atingiria. Sem essa interferência as vias que não estão tão próximas a passeata não estariam comprometidas e conseguiríamos, sobretudo, dialogar melhor com a população. A estratégia da polícia é um claro exercício de isolar nossas manifestações, provocando o afastamento das pessoas do ato público e deixando-as sem o direito de serem informadas pelos manifestantes ficando a mercê dos relatos de uma mídia não se preocupa com as coerências dos fatos.

No ato da quinta-feira dia 16/02 o Zero Hora publicou uma nota dizendo que a manifestação era contra o aumento da passagem que foi para 2,88, caso alguém da redação tivesse uma atenção especial ou simplesmente usasse o transporte coletivo para se locomover, saberia que o reajuste foi para 2,85, mas essa realidade é bastante alheia a este grupo de pessoas que “informam” a sociedade.

De acordo com os princípios que norteiam o bloco: independência política, postura combativa e classista, convidamos a toda a população a construir e participar das manifestações, assembleias e demais atividades que estaremos realizando para a conquista de um transporte digno.

PELA REVOGAÇÃO IMEDIATA DA TARIFA!
POR UM TRANSPORTE PUBLICO E POPULAR!
TARIFA ZERO PARA TODOS(AS)!


CARTA ABERTA A SOCIEDADE

Nós trabalhadores, estudantes, desempregados, artistas e pessoas em situação de rua organizados no Bloco de Luta Por Um Transporte Público, nos manifestamos contrários ao aumento das passagens.

Sempre em fevereiro, os empresários do transporte e o poder público aproveitam a temporada de férias e a euforia do carnaval, uma época que a população não está tão focada nas questões urbanas, para aumentar as passagens e evitar esta discussão com os cidadãos.

Cansados desta situação realizamos várias mobilizações, inciando antes mesmo do aumento entrar em vigor, por identificarmos injustiça, segregação social e exploração do valor das passagens, este baseado em planilhas das quais nós não temos acesso. Ocupamos as ruas para denunciar á cidade de Porto de Alegre mais um absurdo e mais um roubo, fugindo da forma tradicional de organização partidária, propondo um movimento autônomo, coletivo, sem representações e sem liderança, praticando a democracia direta através de assembleias livres e atos de rua, recebendo uma expressiva simpatia e apoio das pessoas que circulam e moram no centro da cidade, mas que infelizmente vem sendo destacado de forma deturpada e irresponsável pela mídia convencional seja nos caracterizando apenas de estudantes ou de vândalos.

Desde o início do nosso processo até agora foram realizados seis atos de rua e diversas assembleias, com o objetivo de discutir questões estratégicas e pensar um transporte verdadeiramente público e popular, onde o direito de ir e vir, assim como o direito a educação e a saúde assegurados pela constituição, não sejam instrumento de lucro e enriquecimento de um setor minúsculo da sociedade.

Porém a resposta que temos do Poder Municipal e dos empresários é o silêncio, o que provoca nossa indignação. Nenhuma posição, depoimento ou resposta a sociedade foi dada, nenhuma assembleia pública foi puxada e nem sequer foi aberta a transparência de custos, afim de explicar ou justificar a população o reajuste das tarifas. Esta postura é a prova de uma aliança do mal, composta pela Prefeitura, Empresários, Eptc, Poder Legislativo e Judiciário que obrigam o trabalhador, desempregado e estudante a pagar a terceira passagem de ônibus mais cara do país, inclusive acima de capitais maiores e mais ricas como Belo Horizonte (2,45), Brasília (1,50) e Rio de Janeiro (2,70) com o único objetivo de enriquecer empresários e financiar campanhas politicas.

Enquanto formos ignorados vamos continuar nas ruas, lutando por uma gestão popular do transporte, menos ambiciosa e mais justa, chamando todas e todos para participar e apoiar esta luta que é de todas as pessoas da cidade.