domingo, 16 de novembro de 2014

Nota de apoio à "Chapa 2:Na mesma barca" nas eleições ao DCE da UFRGS




Nos dias 18, 19 e 20 de Novembro ocorrerão as eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS. São 5 chapas concorrendo à gestão da entidade e, em comunicado anterior, nós da Tendência Estudantil da Resistência Popular expressamos nossa opinião sobre o porque de não estarmos compondo nenhuma das chapas (Leia em: https://www.facebook.com/rpestudantil/photos/a.161809763956575.39977.143460612458157/537569239713957/?type=1).

Iniciadas as campanhas, pudemos acompanhar a movimentação, os programas e as polêmicas de/sobre cada uma das chapas e discutir em nossas últimas reuniões sobre um possível apoio a alguma delas. Nesse sentido, comunicamos que resolvemos dar a nossa Solidariedade às companheiras e companheiros da CHAPA 2 – NA MESMA BARCA, UNIDADE É PRA LUTAR.

Essa decisão levou em consideração primeiro o fato que de início as Chapas 1 e 5 estavam excluídas do leque de possibilidades de apoio. A Chapa 1 (atual gestão do DCE) pelo simples fato de, como apontamos em nosso comunicado anterior, discordarmos em gênero, número e grau com a concepção de DCE, de Universidade e de Sociedade expressa em suas atitudes e propostas. A Chapa 5 pela sua composição (PT, PCdoB, PDT) e o que isso representa em termos de defesa de políticas educacionais que ao longo do tempo tem privatizando o funcionamento da universidade, ampliado o acesso de forma precária e sem dar o mínimo de condições de permanência dos estudantes pobres; sem falar em sua atuação no movimento estudantil através de entidades como a UNE que, na nossa opinião, é correia de transmissão dos governos e não instrumento de luta e organização estudantil.

Com relação às chapas 2 e 3 (acreditamos que a 4 não demonstrou ainda a que veio em termos de concepção e posicionamento político) mantemos a nossa posição de que nenhuma delas, na atual conjuntura e na possibilidade de assumir uma gestão de DCE, estaria a altura dos desafios colocados para a reconstrução de um movimento estudantil participativo, forte e combativo em que o DCE fosse expressão e articulador da organização e mobilização desde a base. Contudo, acreditamos que boa parte das organizações e coletivos que compõem a chapa 3 puderam demonstrar um pouco de sua concepção de entidade e de movimento estudantil enquanto estiveram a frente do DCE por 2 anos consecutivos, da qual temos desacordo. Acreditamos que a condução política do DCE nesse período careceu de mecanismos adequados para que a participação dos estudantes de diferentes cursos da universidade pudesse se expressar e para que fosse possível construir um programa de reivindicações e um calendário de lutas unitário. Avaliamos que, ao invés disso, prevaleceu uma concepção em que bastava o programa político dos partidos na gestão para que o DCE organizasse e tocasse as lutas e mobilizações. Concepção que não compartilhamos.

Assim, por termos compartilhado alguns espaços organizativos e momentos de luta conjunto com algumas das organizações e estudantes que optaram por construir a Chapa 2 e por avaliarmos que em termos de programa e de método de ação essa Chapa expressa um pouco melhor aquilo que acreditamos, optamos por dar a nossa Solidariedade à companheirada e humildemente expressar nossa intenção de voto naquilo que eles representam.

Por fim, reiteramos que, independente dos resultados, continuaremos na luta com aqueles e aquelas que em luta se mantiverem e apostando que é desde os espaços de base que novos caminhos e práticas podem ser fertilizantes de um movimento estudantil forte, combativo, solidário à luta dos trabalhadores e dos pobres do campo e da cidade e protagonista de transformações.

Tendência Estudantil Resistência Popular