sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Relato da atividade "Assédio Moral na Escola Pública: o que nós estudantes temos a ver com isso?"



Aconteceu no dia 02 de setembro no Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação (DAFE) da UFRGS uma roda de debate com o tema “Assédio Moral na Escola Pública: o que nós estudantes temos haver com isso”. A atividade contou com a participação de estudantes universitários, secundaristas e de professoras(es) do magistério estadual e do município de Porto Alegre.

No debate pudemos ouvir as experiências de quem sofreu e sofre diariamente com o assédio moral nas escolas por parte das direções escolares, seja no contexto do trabalho cotidiano seja nas conjunturas de luta dos trabalhadores da educação; o papel da organização dos trabalhadores e do movimento sindical no enfrentamento a essa violência e a importância desse debate para nós estudantes, futuros trabalhadores da educação em formação. Questões como a saúde do trabalhador, a falta de uma gestão democrática nas escolas e a quase nula formação política e sindical nos currículos dos estudantes das licenciaturas foram outros elementos relacionados ao assédio moral discutidos durante a atividade.

Também precisamos ressaltar a importante participação de estudantes secundaristas na atividade que possibilitou conversarmos sobre o assédio moral que eles sofrem e a importância que tem a organização conjunta dos estudantes e professores no enfrentamento às violências do Estado e das direções autoritárias e em defesa de seus direitos. Nesse sentido, se discutiu o papel destacado dos grêmios escolares enquanto instrumentos de organização dos estudantes secundaristas no enfrentamento dessa questão.

Acreditamos que essa roda de debate cumpriu um importante papel como ponta pé inicial para colocarmos as licenciaturas em questão e que outras discussões precisam ser organizadas (e serão!). Agradecemos ao DAFE pelo espaço e pela sua participação, pela participação dos estudantes e professores que contribuíram no debate e deixamos um convite aos estudantes a se somarem nas próximas discussões.

Ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica!
Ser trabalhador da educação em formação e não lutar é formar-se pela metade!