terça-feira, 26 de junho de 2012

Docentes da UFRGS somam-se à Greve nacional

Fonte: http://andesufrgs.wordpress.com/

Em Assembleia Geral Docente numerosa (cerca de 200 presentes), realizada nesta segunda-feira, 25/06, no Auditório da Faculdade de Economia, os professores da UFRGS decidiram pela greve. Somam-se, assim, ao mais amplo movimento nacional da história das universidade federais, que hoje conta com a adesão de 57 Instituições de Ensino Federal.

 Convocada pelo ANDES-SN, a Assembleia reuniu docentes filiados à ADUFRGS, ao ANDES-SN e a nenhuma das duas entidades.

A convocação e realização da Assembleia cumpriram todas as determinações da Lei de Greve. Amanhã, uma comissão do Comando Local de Mobilização comunicará a Reitoria sobre a decisão da Assembleia. Os docentes cumprirão o prazo legal de 72 horas até a deflagração da greve, no dia 29 de junho, sexta-feira.

Até lá, os professores conversarão com estudantes de graduação e pós-graduação e, também, com a comunidade envolvida em projetos de extensão e/ou pesquisa reiterando a justeza da pauta de greve: dignidade expressa na carreira, salário e condições de trabalho.

Haverá atividades de greve nas diferentes unidades. O Comando de Mobilização convida a todos os docentes para compor esse movimento nacional vigoroso que a UFRGS passará a integrar a partir da próxima sexta-feira, 29/06.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade! Fortalecer a GREVE!!!


Já são mais de 55 Instituições Federais de Ensino Superior em Greve em todo o Brasil. Um movimento legítimo de professores, servidores técnico-administrativos e de estudantes em resposta a uma conjuntura específica que vem se forjando num período mais longo de precarização e flexibilização das condições de trabalho e de privatização e sucateamento progressivo das instituições de ensino superior. A discussão sobre o caráter das políticas educacionais dos últimos governos federais e seus efeitos sobre o ensino superior já tem uma longa história, assim como as lutas travadas por setores estudantis e dos trabalhadores da educação no combate a essas políticas. Se traçarmos um breve histórico da privatização do ensino superior brasileiro mais recente, veremos o aumento significativo das Universidades privadas em detrimento das Universidades Públicas na década de 90, auge das medidas neoliberais de FHC. Com a eleição de Lula, as medidas privatistas e de sucateamento da educação não deixam de serem adotadas, porém agora sorrateiramente, buscando combinar medidas fragmentadas que dificultem a mobilização coordenada e unitária do Movimento Estudantil. Junto a isso, programas educacionais com forte apelo popular e com o apoio da burocracia do Movimento Estudantil, a UNE, mas que mantém no cerne de suas ações a lógica privatista e mercantilista dos governos anteriores. 

Enfrenta-se, portanto, as políticas de corte de orçamento (R$ 5 bi só na educação em 2011-2012), a expansão sem recursos e estrutura proporcionada pelo REUNI (que aumenta em 50% o número de vagas, mas apenas em 20% as verbas) que gera salas superlotadas e sobrecarga aos trabalhadores da educação. Combatemos também projetos como a PL 549, que congela contratações e aumentos reais nos salários por 10 anos no serviço federal; a EBSRH, que privatiza os HUs (Hospitais Universitários), precarizando o serviço, o trabalho e o ensino; e o PNE (Plano Nacional de Educação 2011/2020) que estabelece as “metas” de curto-médio prazo do governo, cujo lema é “privatizar e precarizar”. E como se não bastasse – para dissuadir de forma muito safada os professores da greve – aos 45 minutos do segundo tempo o governo edita a MP568 – na intenção de desarticular a greve dos professores e dividir os trabalhadores – concedendo míseros 4% de reajuste à categoria, corta à metade os salários dos médicos e reduz os benefícios referentes à insalubridade.  Os estudantes são atingidos diretamente por tais questões e vivenciam em seu cotidiano o sucateamento do ensino superior público e, portanto não têm como estar de fora dessa discussão. São péssimas as condições de acesso, ensino e permanência – o tripé universitário parece cada vez mais “manco”: pesquisa e extensão desarticulam-se cada vez mais do ensino fazendo da Universidade uma “fábrica de diplomas”. A greve nacional é um dos recursos que possuímos enquanto estudantes e futuro trabalhadores para fazer frente aos ataques de um governo do pacto social, que governa como integrante das classes dominantes e opressoras, que olham para a educação como mais uma mercadoria a ser explorada e negociada visando lucros.

Enquanto militância estudantil classista e combativa, acreditamos na necessidade da intensificação do trabalho de base e de mobilizações nas Universidades que ainda não aderiram a greve para que cada curso e cada categoria da universidade possa discutir e somar esforços na construção desta luta que pode beneficiar a todos(as). Defendemos a realização de Assembleias de Base em cada curso para a discussão ampla e direta da greve e da conjuntura da educação no país e para a escolha de delegados de base para a composição de comandos locais de mobilização onde eles ainda não existem. Dentro disso, nossa militância da UFRGS aposta na adesão dos Docentes à Greve Nacional e no aprofundamento da mobilização dos estudantes através de um Comando de Mobilização Estudantil de base e que possa garantir a realização de Assembleias permanentes, para a discussão, repasse de informações, e ações de propaganda e solidariedade aos servidores técnico-administrativos em greve e aos professores junto à Comunidade do entorno e à Sociedade em Geral. Defendemos ocupações dos locais de estudos, piquetes, trancamentos das vias públicas e toda medida de pressão e ação direta que possa nos dar força para arrancar conquistas. Nesse sentido, defendemos a Greve estudantil e se queremos construí-la, que ações em direção a este objetivo possam ser desde já realizadas, e somente com o trabalho de base cotidiano, com a participação massiva e organizada de cada estudante em seu curso é que poderemos ir avançando e forjando uma cultura de protagonismo estudantil, ação direta e de solidariedade permanente (e como princípio) aos trabalhadores, rumo à Greve Estudantil na Ufrgs!

Pela Vitória dos trabalhadores da educação!
Pela Greve na Ufrgs para barrar os ataques do governo!
Por um movimento estudantil solidário, classista e combativo!

Tendência Estudantil Resistência Popular


domingo, 24 de junho de 2012

Convocatória!!! Construir A Outra Campanha e o Pré-Elaopa!


CONVOCATÓRIA

Queremos convidar todos os coletivos, grupos, movimentos populares, entidades e indivíduos para uma reunião no dia 30 de junho para o debate e a organização da Outra Campanha e do ELAOPA (Encontro Latino Americano de Organizações Populares e Autônomas).

A proposta da OUTRA CAMPANHA é inspirada na chamada “La Otra Campaña” impulsionada pelos Zapatistas no México em junho de 2005. Abraçamos essa proposta porque estarmos de acordo com a postura política de independência de classe e de protagonismo popular, além de acreditarmos estarmos fazendo adesão a uma proposta latino-americana que se coloca realmente abaixo e à esquerda, caminhando no sentido da construção do Poder Popular. A Outra Campanha é uma articulação aberta aos interessados(as) em construir uma outra forma de fazer política, com base no protagonismo e na luta popular e que não passa pelas eleições, pois estamos fartos de tantas promessas, mentiras e escândalos de corrupção envolvendo todos os setores da classe política. É somente em período de eleições que esses nos convocam para comparecer às urnas, como se votando nos candidatos e seus partidos eleitoreiros fosse resolver todas as demandas do povo. Por isso, estamos mais do que convencidos de que as nossas urgências não cabem nas urnas. É na luta que se cria o poder popular, que fazemos valer nossos direitos e arrancamos das elites políticas e econômicas as conquistas. Por isso uma Outra Campanha.

O ELAOPA (Encontro Latino Americano de Organizações Populares e Autônomas) que já vai para seu 10º encontro, foi criado paralelamente ao Fórum Social Mundial de 2003 para aglutinar os diversos movimentos e organizações latino-americanas que compartilham dos princípios de independência de classe, democracia de base, solidariedade de classe e luta popular e debater e articular acordos que possam nos fazer avançar na construção do Poder Popular. Os encontros foram realizados em Porto Alegre (2003), Cochabamba - Bolívia (2004), La Plata - Argentina (2005), Lagomar - Uruguay (2006), Santiago - Chile (2007), Porto Alegre (2008), Luján – Argentina (2009), Lagomar - Uruguai (2010), e São Paulo (2011). Tem participado organizações dos mais diversos pontos da América: agrupações sindicais e sindicatos, coletivos culturais, muralistas, grupos de teatro, movimentos piqueteros, coletivos feministas e de luta pela igualdade de género, catadores de resíduos, ateneus, centros sociais, organizações campesinas, ecologistas, coletivos de defesa dos direitos humanos, recursos naturais, entidades estudantis, etc. Na reunião do dia 30, queremos iniciar a organização do Pré-Elaopa Região Sul, momento prévio ao ELAOPA que será realizado no início de 2013 aqui em Porto Alegre e já dar os primeiros passos para a sua organização.

Venha conhecer e somar esforços na construção de outra forma de fazer política, desde baixo e à esquerda, para construir Poder Popular! Dia 30, sábado, com almoço às 13:30 e início dos debates às 14:30, no Assentamento Urbano Utopia e Luta, na Borges de Medeiros, nº 731.

Lutar, Criar! Poder Popular!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Agenda das Mobilizações, Greve e Plenária da Tendência Estudantil!

Acontecerá hoje (20 de Junho), às 19:00hs, no DCE, reunião do Comando de Mobilização Estudantil da UFRGS. Estaremos presentes com nossa militância construindo as mobilizações estudantis de nossa Universidade.

Em Assembléia Geral dos Estudantes do dia 11 de Junho foi aprovado apoio à Greve Nacional de Professores das universidades federais, aos servidores-técnicos e à greve dos professores da própria Ufrgs. Os servidores desde o dia anterior ao 11/06 já estavam em greve e, em Assembléia Geral dos Professores da noite de ontem (19 de Junho) foi aprovado o Indicativo de Greve, porém sem data definida ainda. Nova Assembléia Geral dos Professores será realizada na próxima segunda, dia 25/06.

Nesse contexto de mobilizações e de greve de nossa Universidade Federal, realizaremos mais uma Plenária da Tendência Estudantil para discutirmos as Mobilizações e a Greve, além da pauta de cercamento da Ufrgs que pretende fechar definitivamente o acesso dos moradores da vila Santa Isabel de Viamão via Campus do Vale. Nossa Plenária será neste sábado, dia 23 de Junho às 14:00 no Ateneu Libertário A Batalha da Várzea, que fica na Travessa dos Venezianos, nº 30 na Cidade Baixa em Porto Alegre.

Estudando e lutando!
Poder Popular Criando!
Tendência Estudantil Resistência Popular

Agenda de Mobilização dos Professores da Ufrgs


Calendário de Greve dos Servidores da UFRGS e UFCSPA 2012 de 20 a 22 de junho

Dia 20 de junho – Quarta-feira
9h30min – Assembleia – UFCSPA – Auditório
11h30min – Caminhada até o RU do Campus Centro para panfletagem

Dia 21 de junho – Quinta-feira
8h – Concentração na Reitoria
10h30min – Marcha até a Esquina Democrática

Dia 22 de junho – Sexta-feira
Seminário sobre Carreira, às 9h, na FABICO.

14h – Reunião do Comando Local de Greve, na sede da ASSUFRGS.

Assembléia de Moradores do Jardim Universitário e Santa Isabel